Tecnologia, desburocratização e colaboração estão no topo das diretrizes das empresas de P&G

Investimentos em tecnologia e inovação, desburocratização e colaboração entre os players da cadeia produtiva de Petróleo e Gás (P&G) foram os temas mais ditos na Websérie Óleo e Gás: Visão Offshore Brasileiro, desta terça-feira (02/06). Especialistas debateram sobre o panorama atual do mercado no país e a expectativa de futuro com a retomada da economia. O debate foi mediado por Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan.

Para Rogério Carvalho, diretor-presidente da Fugro, o grande desafio no momento é diversificar a carteira de clientes e de mercados. “No Brasil, há um custo alto para se fazer negócios. É necessário a desburocratização dos processos. Já sugeri se fazer o ‘Descomplica Brasil’ para simplificar os protocolos e documentos. Deveríamos manter para o futuro o que já conseguimos de simplificação por causa da crise da Covid-19”, pontuou Carvalho.

Ele também chamou atenção para investimentos em inovação e em pesquisa e desenvolvimento. “A indústria de petróleo é muito conservadora, mas a tecnologia torna a operação offshore mais eficiente e ágil. No nosso universo, o processamento de dados agora acontece na nuvem. Acredito que o mercado entendeu a competência dos serviços remotos”, destacou Carvalho.

Segundo Leonardo Torres, diretor de Operações da Qualitech IRM, é preciso criar uma nova lógica de funcionamento da cadeia de P&G para um “novo normal”. Segundo ele, a transformação digital veio para deixar os processos fluírem com mais eficiência, redução de custo e menor exposição dos colaboradores. “Vamos pensar muito antes de pegar um voo ou um carro para uma reunião. Entendemos que as ferramentas virtuais trazem ganhos para saúde e para o meio ambiente, além de baixar o custo operacional”, explicou Torres.

Otimista com o futuro, Diego Reis, diretor O&G da Líder Aviação, também vê a tecnologia e a inovação como fatores importantes nas operações offshore, principalmente no que se refere à segurança dos trabalhadores. “Os grandes investimentos vão acontecer. Já vemos uma grande recuperação com sinal de reequilíbrio entre oferta e demanda. Temos uma visão otimista, sem perder a mão da realidade, para que as coisas aconteçam no seu prazo. A indústria carece de uma agenda positiva para que os projetos sejam viabilizados e o Brasil não perder o seu destaque na cadeia de petróleo mundial”, disse Reis.

Entraves aos investimentos

Adyr Tourinho, vice-presidente da BHGE Brasil, destacou algumas variáveis no cenário do mercado, com operadoras formando consórcios e a pressão pela energia renovável com baixa emissão de carbono. Para ele, um legado importante é a colaboração, focando na integridade das pessoas e das operações. “O Brasil é um hub de desenvolvimento offshore. E temos que manter a cadeia ativa e competitiva em âmbito global. Mas, para isso, é preciso identificar os entraves aos investimentos. Há um futuro brilhante a longo prazo com o pré-sal. Só que temos reservas gigantes aprisionadas no modelo de partilha, inviabilizando investimentos. Se conseguirmos o desenvolvimento dessas áreas, teremos contratos de bens e serviços, gerando empregos e subserviços acoplados nessa cadeia”, explanou Tourinho.

Acesse a playlist e acompanhe a websérie, sempre às terças-feiras, de 16h às 17h30.

Assista à live completa do dia 02/06: 

 

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