TARIFAS DA LIGHT TIVERAM AUMENTO MÉDIO DE 3,65% NA ÚLTIMA QUINTA-FEIRA, DIA 07

Empresa terá 180 dias para apresentar proposta de tarifa específica para comunidades pacificadas

As tarifas da Light tiveram aumento médio de 3,65 %, com impacto de 6,2% para os consumidores atendidos em baixa tensão e de -1,01% em média na alta tensão. Os novos índices resultantes do processo de revisão tarifária da distribuidora foram aplicados a partir de quinta-feira, 7 de novembro.

Esses números refletem o reposicionamento tarifário definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica em 2,46%, e os componentes financeiros de 3,48% embutidos na tarifa. Na proposta apresentada pela Aneel em audiência pública havia a previsão de redução média nas tarifas de 3,3%.

Contribuiu para o resultado final o crescimento de 8,89% nos gastos com a compra energia, em razão do aumento da contratação de energia nova. O custo médio de contratação de energia, de R$ 122,82 por MWh, está, porém, abaixo da média da distribuidoras.

A Aneel estabeleceu prazo de 180 dias para que a concessionária apresente uma proposta de tarifa específica para os moradores de comunidades pacificadas do Rio de Janeiro, com incentivos para os consumidores com instalações regularizadas e que estejam em dia com o pagamento das faturas. Relator do processo, o diretor Edvaldo Santana destacou que há um forte incentivo no combate às perdas comerciais dentro do processo tarifário conduzido pela agência, dado o impacto imediato na redução da tarifa.

“Na minha opinião, o grande problema de perdas na Light está no pouco incentivo para que os consumidores continuem regularizados”, afirmou Santana. O diretor acrescentou que o furto de energia contribui para o aumento do consumo, porque os consumidores que não pagam também não estão preocupados em gastar menos.

O presidente da Light, Paulo Roberto Pinto, explicou que aproximadamente 40% das perdas estão em áreas que concentram 60% dos clientes da empresa e o consumo médio das unidades consumidoras com ligações irregulares no Rio é de 300 kWh. O executivo acrescentou que a concessionária tem o compromisso de investir R$ 250 milhões por ano na redução de perdas nos próximos cinco anos e garantiu que o problema será enfrentado no próximo ciclo tarifário. “Pode confiar que nos vamos reduzir as perdas”, reforçou durante sustentação oral na reunião desta terça-feira, 5 de novembro.

Pinto informou que a Light investiu em cinco anos anos em torno de R$ 2,7 bilhões na melhoria do serviço e, mesmo assim, sofreu glosa na definição da base de remuneração de ativos pela Aneel. Ele disse que a empresa criou um grupo específico para acompanhamento da evolução dos ativos, para que no próximo ciclo tenha mais sucesso no reconhecimento do valor a ser remunerado via tarifa. O diretor também argumentou que a empresa tem uma agenda de eventos significativa nos próximos dois anos, com a Copa e a Olimpíada, e disse que qualquer ação que tenha impacto sobre o fluxo de caixa prejudica os investimentos.

Além da revisão, a Aneel aprovou os limites dos indicadores de qualidade DEC e FEC – que medem a duração e a frequência das interrupções no fornecimento de energia por conjunto de consumidores – para o período de 2014 a 2018. A distribuidora atende 4 milhões de unidades consumidoras em 31 municípios da região metropolitana do Rio, incluindo a capital.


Fonte -Agência CanalEnergia

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