RIO DE JANEIRO QUER SER REFERÊNCIA NA ÁREA ENERGÉTICA

Transformar o estado numa referência em racionalização, inovação tecnológica e sustentabilidade ambiental, é o objetivo do programa Rio Capital da Energia, lançado pelo governo do Rio de Janeiro na quarta-feira, dia (31/08). A iniciativa será tocada por um comitê estratégico. Uma das primeiras ações é o convênio entre a Ampla e a Light para implantar sistemas de racionalização de energia em escolas, hospitais e em todas as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), e a desoneração de equipamentos solares e eólicos. O programa também contará com linhas de financiamentos para a área de pesquisa e desenvolvimento.

“Fechamos um convênio com a Ampla e com a Light para fazer a avaliação dos sistemas elétricos em escolas e hospitais. A ideia é começarmos com 20 escolas e cinco hospitais, para que a gente possa realizar eficiência energética”, disse o governador Sérgio Cabral. O governador também anunciou medidas para fomentar a energia limpa, como linhas de financiamento para incentivar empresários.

O dono de uma padaria vai poder, por exemplo, trocar o forno elétrico por um forno a gás. “Além disso, vamos estabelecer linhas de financiamento para pesquisa e faremos a desoneração do ICMS para equipamentos solares e eólicos” – contou o secretário Julio Bueno.

O Rio Capital da Energia prevê, ainda, ações para massificar o conceito de uso racional de energia, inclusive campanhas de comunicação. “Queremos que as pessoas, quando forem comprar uma televisão, uma geladeira, o façam de acordo com o consumo de energia, que este item seja levado em conta”, acrescentou.

O Comitê Estratégico do Rio Capital da Energia oficializado na quarta-feira foi composto por: secretarias estaduais de Desenvolvimento Econômico – responsável pela Secretaria Executiva do programa –, do Ambiente e de Ciência e Tecnologia, além de ACRJ, ANP, BR Distribuidora, CEG/CEG Rio, EBX, EDF/UTE, Eletrobras, Eletronuclear, Endesa/Ampla, EPE, Fecomercio, Firjan, Furnas, IBP, Light, Neo Energia, OGX, ONS, Petrobras, PUC, Uerj e UFRJ.

O estado do Rio conta hoje com 85 empreendimentos geradores de energia, entre hidrelétricas, termelétricas e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). É no Rio que estão situadas duas usinas nucleares do país (Angra 1 e Angra 2) e o projeto da terceira (Angra 3), já em andamento. Atualmente, o Rio produz 8.600 MW e haverá oferta de outros 3.700 MW nos próximos anos, com sete novos projetos em execução.

A produção de petróleo fluminense representa 85% da nacional, em torno de 1,8 milhão de barris diários. No estado, são extraídos ainda 28 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, o equivalente a 45% do total nacional. Números que serão ampliados, nos próximos anos, já que 70% da área do pré-sal estão em território fluminense.

O mercado e a tradição energética fazem do Rio o epicentro do setor, atraindo empresas como a Petrobras e todas as companhias nacionais e estrangeiras petrolíferas que atuam no país, além das principais entidades representativas, como a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) e o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP). O mesmo se dá com a energia elétrica. É o caso de Furnas Centrais Elétricas, Eletrobrás, Eletronuclear, Operador Nacional do Sistema (ONS) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O Governo do Estado também mudou, recentemente, a legislação e passou a exigir contrapartidas ambientais para empresas que queiram instalar termelétricas, visando contribuir para a sustentabilidade da matriz energética. O Rio saiu na frente também com a criação da Secretaria de Economia Verde, a primeira do país. Subordinada à Secretaria do Ambiente, seu objetivo é contribuir para que o estado desenvolva uma economia mais limpa, moderna e forte.

No primeiro semestre, o Rio lançou o primeiro ônibusflex (diesel/GNV) do mundo, capaz de rodar com até 90% de gás natural veicular (GNV), que emite 20% menos CO2 em comparação com o diesel. Atualmente, o estado conta com 750 mil veículos leves movidos a GNV, a maior frota do país, e mais de 500 postos de abastecimento. A oferta do combustível, que já é abundante, crescerá com a produção do pré-sal, sendo suficiente para garantir o abastecimento do sistema de transporte, além da indústria, dos serviços e do comércio.


Fonte -Fonte: Ambiente Energia

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