QUADRO NEGATIVO SE AGRAVA NA INDÚSTRIA DE CONSTRUÇÃO

A indústria da construção apresentou, em agosto, um agravamento do quadro negativo que já era observado nos meses anteriores, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a sondagem da indústria da construção, todos os dados, tanto de atividade quanto de emprego e utilização da capacidade de operação, apresentaram retração no mês passado.

Pela metodologia da CNI, os índices analisados variam de 0 a 100, com resultados menores que 50 representando queda na comparação com o mês anterior. O nível de emprego ficou em 34,7 pontos em agosto, contra 36 em julho e 43,5 em agosto de 2014. O nível de atividade ficou em 36,2 pontos no mês passado, resultado pior que os 38,2 de julho e os 43 pontos de agosto de 2014.

Já o uso da capacidade de operação, medido de 0% a 100%, registrou, no mês passado, um nível de 58%. Em julho, o índice estava em 60%. Em agosto de 2014, 67%. De acordo com a CNI, o percentual registrado em agosto é o menor da série do índice, com início em 2012.

A confederação explica que a indústria da construção tem maiores condições de adaptar sua capacidade à demanda do mercado. “Contudo, os empresários estão sendo surpreendidos por quedas mais intensas do que as antecipadas inicialmente, o que dificulta esse ajuste. Adicionalmente, problemas financeiros dos clientes impõem às indústrias do setor a necessidade de alongamento de prazos da entrega das obras, o que exige a manutenção de quadros ociosos por mais tempo”, explica.

De acordo com a sondagem, que ainda apresenta um levantamento de expectativas do setor para os próximos seis meses, a indústria da construção apresenta dados ainda mais pessimistas. Com metodologia em que índices abaixo de 50 representam expectativa de queda, todos os dados deste mês apresentaram resultados inferiores a 40 pontos.

Segundo a CNI, o índice de intenção de investimento na construção é o menor entre os segmentos industriais considerados, com 26 pontos. O dado da indústria extrativa ficou em 45,4 pontos e o da transformação em 39 pontos.

Os dados mostram ainda que a expectativa para o nível de atividade nos próximos seis meses ficou em 39,5 pontos neste mês. Com relação a novos empreendimentos e serviços, o índice chegou a 37,9. Para o número de empregados, o dado ficou em 37,3 pontos e para compra de insumos e matérias primas, 37,1. O levantamento foi feito com 597 empresas, sendo 194 pequenas, 263 médias e 140 grandes.


Fonte -Fonte: Jornal do Commercio

Compartilhe
Outras Notícias
Newsletter

Cadastre-se para receber nossos informativos.