PRODUÇÃO INDUSTRIAL TEM SEGUNDO MÊS DE CRESCIMENTO

A produção da indústria brasileira registrou a maior alta desde o início do ano e superou estimativas. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aumentou 1,8% em abril, na comparação com março, na série com ajustes sazonais.

O resultado ficou acima da média de 0,9% das projeções de 12 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data. O intervalo das estimativas foi de 0,5% a 1,7%.
A produção é a mais alta desde janeiro quando aumentou 2,7%, ante dezembro, feitos os ajustes sazonais. Em março, a produção avançou 0,8% sobre fevereiro, dado revisado de uma alta de 0,7%.

Na comparação com abril de 2012, a produção industrial brasileira subiu 8,4%. No acumulado do ano, registrou alta de 1,6% e, em 12 meses, recuo de 1,1%.
A comparação entre abril e março mostrou alta de 3,2% na produção de bens de capital, já com ajustes sazonais. Na mesma base de comparação, a produção de bens intermediários subiu 0,4%, enquanto a de bens de consumo duráveis avançou 1,1% e a de bens de consumo semi e não duráveis subiu 0,9%.

Em relação a abril de 2012, a produção de bens de capital avançou 24,4%, a de bens intermediários subiu 5,0%, ao passo que a produção de bens de consumo duráveis cresceu 14,9% e a de bens de consumo semi e não duráveis avançou 5,2%.

No acumulado de 2013 até abril, a produção de bens de capital subiu 13,4%, a de bens intermediários cresceu 0,4%, enquanto a de bens de consumo duráveis subiu 4,5%. No período, a produção de bens de consumo semi e não duráveis caiu 1,6%.

Nos últimos 12 meses encerrados em abril, a produção de bens de capital caiu 4,4%, a de bens intermediários cedeu 0,9%, a de bens de consumo duráveis avançou 1,4% e a de bens de consumo semi e não duráveis diminuiu 0,7%.

Dos 27 setores observados pelo IBGE, 17 tiveram aumento de atividade na passagem de março para abril. Nessa base de comparação, que desconta os efeitos sazonais, a produção de fumo teve o melhor desempenho ao crescer 12,3%, seguido por perfumaria, sabões e produtos de limpeza, que subiu 9%. A fabricação de veículos automotores teve alta de 8,1% e a de máquinas e equipamentos cresceu 7,9%.

O instituto verificou altas também nos setores de alimentos (4,8%), calçados e artigos de couro (2,6%), madeira (1,4), têxtil (1%), entre outros. A produção de metalurgia básica ficou estável. A fabricação de materiais elétricos, aparelhos e equipamentos de comunicações caiu 6,5%, o pior desempenho entre os 27 ramos investigados.

O IBGE também apurou baixas nas produções de bebidas (-5,9%), vestuário e acessórios (-2%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros (-1,8%) e produtos de metal (-1,5%).

Na comparação com abril de 2012, o setor industrial avançou 8,4%, com perfil disseminado de resultados positivos, já que todas as categorias de uso, 23 das 27 atividades, 58 dos 76 subsetores e 63,4% dos produtos pesquisados apontaram expansão na produção.

Abril deste ano teve dois dias úteis a mais (22) do que igual mês do ano anterior (20). O ramo de veículos automotores (23,9%) exerceu a maior influência positiva, impulsionado pelo crescimento na produção de aproximadamente 80% dos produtos investigados.

Outras contribuições relevantes vieram de máquinas e equipamentos (18,1%), refino de petróleo e produção de álcool (11,7%), alimentos (7,7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (18,9%), borracha e plástico (13,3%), outros equipamentos de transportes (16,1%), outros produtos químicos (4,2%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (19,5%) e equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros (23,7%). Entre as quatro atividades que reduziram a produção, os principais impactos foram em indústrias extrativas (-8,3%), edição, impressão e reprodução de gravações (-5,8%) e metalurgia básica (-2,1%).


Fonte -Fonte: Valor Econômico / Diogo Martins

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