PRODUÇÃO INDUSTRIAL CRESCE 1,3% EM FEVEREIRO SOBRE JANEIRO, DIZ IBGE

A produção industrial brasileira cresceu 1,3% em fevereiro na comparação com janeiro, na série em que os números são ajustados sazonalmente, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada na terça-feira (3/4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior avanço desde fevereiro de 2011, quando a alta foi de 2,2%.

Na comparação com igual mês do ano anterior, a produção caiu 3,9%, sexta queda consecutiva e a taxa negativa mais intensa desde setembro de 2009 (-7,6%). O IBGE destacou que o resultado de fevereiro teve influência da elevada base de comparação, já que em fevereiro do ano passado o total da indústria mostrou crescimento de 7,5% nesse tipo de confronto, e do efeito calendário, uma vez que fevereiro de 2012 teve um dia útil a menos que igual mês do ano anterior.

No acumulado em 12 meses terminados em fevereiro, a retração é de 1% em relação ao período imediatamente anterior. Já no acumulado do ano, comparado a igual período do ano anterior, a produção caiu 3,4%.

A divulgação dos dados do IBGE acontece no dia em que o governo deve anunciar um conjunto de medidas de estímulo à indústria, que incluem a desoneração da folha de pagamentos de pelo menos nove setores, o reforço de capital do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entre R$ 18 bilhões e R$ 20 bilhões, com mais R$ 6,9 bilhões para a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e a flexibilização das regras de acesso aos recursos dos fundos de desenvolvimento regionais (do Nordeste e da Amazônia).

Atividades:

No mês, a produção subiu em 18 dos 27 ramos industriais analisados pelo IBGE em relação ao mês anterior, já descontados os efeitos sazonais.
Entre os segmentos industriais, o de bens de capital teve crescimento 5,7% na produção física em fevereiro na comparação com o mês anterior, sempre na série com ajuste sazonal. No mesmo período, a produção de bens intermediários aumentou 2,3%, enquanto a fabricação de bens de consumo duráveis caiu 4,3% e a de bens de consumo semi e não duráveis subiu 1,1%.

O índice de difusão (percentual de produtos que tiveram alta da produção na comparação com igual mês do ano anterior) foi de 41,9%. Em janeiro, o índice havia sido de 42,8%.

Também exerceram influência positiva os setores bens intermediários, com aumento de 2,3%; bens de consumo semi e não duráveis, com 1,1%, sempre na comparação com o mês anterior, descontados os fatores sazonais.

Dentre os ramos que mais subiram, os destaques foram equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros, com alta de 23,8%, e veículos automotores, com alta de 13,1%.

Por outro lado, as maiores influências negativas, vieram dos setores: bens de consumo duráveis (-4,3%). Entre as maiores baixas o pior resultado foi observado na produção de fumo (-13,3%), seguido pela fabricação de materiais elétricos e aparelhos e equipamentos de comunicações (6,2%).

Média positiva:

O instituto ainda ressaltou que os sinais de uma melhora no ritmo da atividade industrial no mês e fevereiro também ficaram evidenciados na evolução do índice de média móvel trimestral, que mostrou ligeira variação de 0,1%, primeira taxa positiva nesse indicador desde julho do ano passado.


Fonte -Fonte: Valor Econômico / Diogo Martins

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