INFLAÇÃO PELO IPCA-15 ACELERA PARA 0,33% EM JULHO, DIZ IBGE

Inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) acelerou para 0,33% em julho, ante a alta nos preços de 0,18% observada em junho e de 0,10% em julho de 2011, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o resultado do mês o IPCA-15, prévia do indicador oficial de inflação usado nas metas do governo, acumula inflação de 2,91% em 2012 e de 5,24% nos últimos 12 meses encerrados em julho.

Nos 12 meses encerrados em junho, a variação tinha sido de 5%. É a primeira vez desde setembro de 2011, quando marcou 7,33%, que o IPCA-15 acumulado em 12 meses registra alta. Desde aquele mês, o indicador teve uma sequência de nove quedas, interrompidas agora.

Alimentos mais caros:

Alimentação e bebidas e despesas pessoais foram os grupos que apresentaram as maiores taxas no mês, segundo o IBGE.

Segundo informou hoje o IBGE, a variação de preços em alimentos e bebidas acelerou de 0,66% em junho para 0,88% em julho, com impacto de 0,20 ponto percentual no total do IPCA-15 de julho, respondendo por 61% da taxa do mês. Já a inflação do grupo despesas pessoais saltou de 0,34% para 0,92%, no período.

De acordo com o instituto, no caso de alimentos e bebidas, o clima adverso prejudicou a lavoura de diversos produtos, o que, na prática, reduz oferta e acelera preços. Entre os alimentos, um dos destaques de alta foi o tomate, cujos preços já haviam subido 19,48% em junho e ficaram 29,30% ainda mais altos em julho.

Outros alimentos que tiveram aumentos expressivos, ou fim de queda de preços no mesmo período, foram cenoura (de -1,11% para 13,63%) e batata inglesa (de 6,70% para 11,78%), de junho para julho. Além disso, a inflação do pão francês foi de 1,67% em julho contra 0,14% em junho. A alta vem sendo atribuída a aumentos nos custos dos insumos, especialmente o trigo, informou o instituto.

No caso de despesas pessoais, o destaque foi o item “empregado doméstico”, registrando variação de 1,37% em julho ante 0,60% no mês anterior.

Ainda segundo o instituto, os itens empregado doméstico e tomate foram os maiores impactos individuais no IPCA-15 de julho, e responderam por 0,05 ponto percentual, cada, no total do índice.

Por classe de despesa:

Apenas três de nove classes de despesa pesquisadas pelo IBGE, apresentaram desaceleração de preços entre junho e julho no Índice Nacional de Preços ao Consumidor – 15 (IPCA-15).

Segundo o instituto, houve menor ritmo de crescimento, de junho para julho, nos preços de habitação (de 0,53% para 0,41%), vestuário (de 0,66% para 0,39%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,43% para 0,37%). Porém, isso não impediu que a inflação dos produtos não alimentícios acelerasse de 0,04% para 0,16%, de junho para julho – pressionada pelo serviço mais caro de empregados domésticos.

Outras cinco classes de despesa pesquisadas mostraram aumento mais intenso de preços ou fim de deflação no período. É o caso de artigos de residência (de -0,28% para 0,19%), educação (de 0,05% para 0,10%); comunicação (de -0,14% para 0,14%); alimentação e bebidas (de 0,66% para 0,88%) e despesas pessoais (de 0,34% para 0,92%).
Já os preços do grupo transportes continuaram a mostrar deflação, mas de forma menos intensa (de -0,77% para -0,59%).


Fonte -Fonte: Valor Econômico / Alessandra Saraiva

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