Firjan SENAI vai desenvolver fórmula de detecção do novo coronavírus

A pandemia da Covid-19 tornou urgente a demanda por inovação. Nos seus Institutos SENAI, a Firjan vem estudando soluções inovadoras que visam desacelerar o ritmo de transmissão da doença e, com isso, minimizar os efeitos da pandemia na sociedade e na economia. Nesse contexto, o Instituto SENAI de Inovação em Química Verde (ISI-QV) conseguiu construir com parceiros uma solução inovadora com alto potencial de impacto positivo em seus resultados: o projeto “Formulação sinalizadora para detecção de coronavírus”, aprovado pelo Edital de Inovação para a Indústria – Missão contra Covid-19.

A ideia está em linha com as ações de Mobilização do Programa Resiliência Produtiva Firjan.

De acordo com Paulo Roberto Furio, gerente do ISI-QV, o projeto foi criado por um consórcio formado pelo próprio Instituto, pela empresa Scienco Biotech, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). O objetivo principal é desenvolver novas moléculas e uma formulação/dispositivo sinalizador para realçar e identificar a presença do SARS-CoV2 em superfícies, pacientes e/ou aerossóis.

 

Nos próximos três meses, bolsistas universitários trabalharão simultaneamente em Santa Catarina, sede da Scienco, na UFRJ, na UFRRJ e no ISI-QV, por meio de uma plataforma desenvolvida especificamente para a iniciativa. Dessa forma, todos os pesquisadores podem interagir entre si, o que garante uma melhor gestão profissional do projeto e o devido acompanhamento das entregas previstas.

Elo entre academia e empresas

A possibilidade de contribuir para a diminuição das lacunas entre a academia e empresas é uma das missões do Instituto. Segundo Furio, aliado à pouca burocracia, o fato, fundamental, de poder contar com recursos financeiros para viabilizar o desenvolvimento dos projetos torna a formação das parcerias muito atrativa. “Nós conseguimos captar com o edital R$ 2 milhões para custear todas as fases do projeto. Os recursos foram essenciais para conseguirmos arcar com as despesas na contratação dos bolsistas pesquisadores, insumos e materiais necessários”, pontua ele.

De acordo com Maria de Lourdes Magalhães, sócia-fundadora da Scienco Biotech, a parceria com a Firjan SENAI tem sido muito importante, porque o ISI-QV está centralizando uma equipe de pesquisadores em diversas áreas e criando, assim, uma rede de colaborações muito intensa, que irá permitir o desenvolvimento de dispositivos que realmente auxiliem no diagnóstico para detecção do vírus. “Participar desse edital com o Instituto Química Verde está sendo bastante significativo, tanto do ponto de vista da geração de inovação como em contribuir com inovações que venham a auxiliar no combate à epidemia e também pelo networking estabelecido”, explica Maria de Lourdes.

A sócia-fundadora da Scienco diz ainda que, para o desenvolvimento tecnológico da empresa tem sido muito proveitosa a quantidade de projetos que estão se derivando desse edital. “Novas ideias surgem a partir dos brainstorms diários que acontecem via videoconferências, permitindo que outras inovações sejam desenvolvidas”, comenta.

Edital de Inovação para a Indústria

Na categoria Missão contra Covid-19, o Edital de Inovação para a Indústria apoia e financia projetos que desenvolvam soluções de impacto aos problemas gerados pela pandemia, por meio de consultorias, metrologias, ensaios e análises, além de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). Os projetos devem ser propostos por alianças industriais, grupos com empresas, Institutos SENAI de Inovação e Institutos SENAI de Tecnologia, que vão unir capacidades e recursos para alcançar resultados.

As propostas têm que estar focadas em soluções para prevenir, diagnosticar e combater o coronavírus. A duração máxima dos projetos é de três meses e as soluções devem ter impacto em até 40 dias. Os recursos financeiros são de R$ 20 milhões, distribuídos entres os projetos selecionados. Sendo R$ 15 milhões do SENAI e R$ 5 milhões da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). O SENAI vai investir, por projeto, até R$ 2 milhões, e não é obrigatória a contrapartida (financeira ou econômica) pelas empresas.

 

 

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