Especialistas debatem caminhos para manter a cadeia produtiva de Petróleo e Gás durante a crise

Especialistas do mercado de Petróleo e Gás (P&G) acreditam que as empresas devem procurar, com a crise, investir em excelência de serviços, tecnologia e digitalização, sem esquecer de fatores-chave como empatia e resiliência, além de aptidão e aprendizagem para o fortalecimento da indústria no futuro. As ideias foram debatidas durante a “Websérie Óleo e Gás: cenário da cadeia produtiva”, em 05/05. A série tem como objetivo apresentar as principais práticas, dados, análises e soluções utilizadas para superar a crise e as perspectivas para o mercado no Rio de Janeiro e no Brasil.

A participação remota contou com Rodolpho Athayde, diretor da América do Sul da Genesis; Weverton Nazario, gerente de Ativos da BW Offshore do Brasil; Erica Machado de Melo, diretora-presidente da Eletromatrix Indústria Galvânica; e Paulo Cesar Martins, vice-presidente de Marketing e Desenvolvimento de Negócios da Subsea7. A série é mediada por Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan.

 

A Eletromatrix, que faz parte da indústria de tratamento e revestimento, aproveita o momento de baixa demanda para investir no desenvolvimento de projetos para melhoria de produção e ampliação da capacidade. Para Erica, a atividade que vai se manter melhor é a de manutenção e serviço. “As operadoras de petróleo vão precisar de manutenção dos locais de estocagem e das plataformas. Por isso, estamos investindo em ampliação para melhorar a nossa eficiência na entrega de serviços com alta qualidade e de forma mais rápida. Não vamos sair iguais dessa crise, mas aproveitando o momento para melhoria de processos e inovação”, destacou.

De acordo com Athayde, a crise da Covid-19 trouxe mudança de comportamento, que se arraigou no uso da tecnologia. “Temos que olhar para fora da caixa e estar abertos a novos negócios e clientes, com uma visão promissora de longo prazo. Tecnologia, inovação e digitalização são os grandes diferenciais das empresas que precisam lidar com as adversidades de forma mais rápida, assim como também projetos ligados à sustentabilidade e transição energética. O escoamento do gás advindo do pré-sal pode ser uma grande possibilidade de negócios”, comentou o diretor da Genesis, que trabalha com soluções de engenharia e execuções de projetos onshore, offshore e subsea.

O fortalecimento da cadeia produtiva, de acordo com Nazario, depende do comprometimento dos atores. “Ouvir é a solução para desenvolver a cadeia produtiva. Todos nós somos ora posição de cliente, ora posição de fornecedor; então, é muito importante dedicar tempo para ouvir. É preciso ter sentimento de provocação do mercado e compromisso de querer fazer a diferença. Entender a capacidade do país, da economia local e dos fornecedores”, ressaltou o gerente da BW Offshore.

Segundo Martins, a crise do brent (barril), por causa da baixa demanda, vai perdurar por mais tempo. “Como é um momento de muita incerteza, a preocupação com o investimento é natural, mas, por outro lado, o ‘show precisa continuar’. Então, as atividades que estavam postergadas podem ser provocadas para que a indústria continue funcionando. As empresas operadoras de pequeno porte, por lidarem com um volume de investimento menor, podem se firmar no mercado com a compra de ativos. O descomissionamento de áreas maduras e projetos greenfields (que partem do zero) são também boas oportunidades a serem exploradas. E o pré-sal, por estar muito na briga de breakeven (ponto de equilíbrio), permite a viabilidade do negócio”, observou Martins.

As apresentações feitas durante o evento podem ser solicitadas pelo e-mail petroleo.gas@firjan.com.br.

Não perca, na próxima terça-feira (12/05), às 16h, novo evento da Websérie Óleo e Gás.

 

VEJA O VÍDEO COMPLETO DE 05/05:

 

 

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