ELETROBRAS FURNAS: UM BOM MODELO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Empresa adota sistema de iluminação com reatores dimerizáveis, endereçáveis e que controlam à distância a intensidade luminosa das lâmpadas. Projeto gerou economia de 55% no consumo de energia

A Eletrobras Furnas está cumprindo com sua parte em tornar seu consumo de energia mais racional. Com um investimento de R$ 194 mil, a empresa implantou um inovador projeto de iluminação eficiente com o qual os funcionários podem reduzir a intensidade da luminosidade da lâmpada.

A solução foi implantada no prédio do Projeto Prisma – um programa de capacitação de funcionários da própria estatal, que funciona na sede da empresa em Botafogo, no Rio de Janeiro. Lá as pessoas têm a opção de reduzir de 10% a 100% a luminosidade, conforme suas necessidades ou gostos.

Segundo o engenheiro Alexandre Reis, da Assessoria de Estudos e Programas de Conservação de Energia da estatal, com esse projeto foi possível uma economia de 55% no consumo. “A gente consegue variar a intensidade da luminosidade de 10% a 100% de cada lâmpada.

Elas têm um código similar a um IP e isso possibilita uma infinidade de cenários de cada vez”, explicou. Para tornar a proposta uma realidade, ele contou que foi necessária a substituição de 200 luminárias do local.

Ainda de acordo com o engenheiro, esse mecanismo conta com a tecnologia eco-system, que ao tornar mais eficiente o gasto, reduz também os custos com a conta de luz. O projeto de iluminação de Furnas foi apresentado durante o VII Congresso Brasileiro de Conservação de Energia, em São Paulo.

Segundo o assistente de Assessoria de Estudos e Programas de Furnas, Alcibíades Maciel, a proposta foi bem aceita pelo público e muitas companhias mostraram interesse no projeto, inclusive com a ideia de implantá-lo em suas respectivas sedes.

Uma das empresas que se interessou foi a Companhia Energética de Brasília (CEB). A distribuidora da capital federal quis conhecer mais de perto o projeto, contou Reis. De acordo com ele, a CEB levou a ideia e implantou o sistema de iluminação na sede do Ministério de Minas e Energia (MME), em Brasília, e deverá também fazer o mesmo em sua própria sede.

Reis explicou como funciona o mecanismo: trata-se de reatores dimerizáveis, endereçáveis e que controlam à distância as lâmpadas. Cada uma delas conta com um código de identificação, semelhante aos usados nas redes de computadores, os chamados IPs.

De acordo com o engenheiro, a Eletrobras Furnas pretende agora ampliar este projeto com uma novidade: um sensor que identifica a quantidade de luz natural que está entrando na sala. A partir da leitura desse mecanismo, a luz artificial irá compensar o que falta. Assim, a luz solar dá sua contribuição para que caia ainda mais o consumo de energia.

“Quando está de dia, a iluminação automaticamente fica mais baixa, gastando menos energia”, ressaltou o engenheiro. O mecanismo já funciona na sala da própria na Assessoria de Estudos e Programas de Conservação de Energia da empresa para avaliação, e, após este período de pesquisa, deverá ser instalado nas demais salas da sede da Eletrobras Furnas.

Desde 2000, a Eletrobras Furnas já procura aliar a eficiência energética com a viabilidade econômica. Assim, a empresa deu início ao seu primeiro projeto de conservação de energia. Graças a este programa, a companhia conseguiu economizar 73% da energia gasta com iluminação, que resultou em uma queda de 23% na conta de eletricidade.


Fonte -Fonte: Procel Info / Matheus Gagliano

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