CRISE PODE MUDAR FORMA DE CONTRATAR EMPRESAS DE ENGENHARIA NA PETROBRÁS

A crise que o mercado brasileiro de óleo&gás está vivendo é avassaladora. Muitas empresas estão sendo fechadas quase que semanalmente. Milhares de empregos sendo extintos, com as companhias sem condições de pagar as indenizações aos trabalhadores. Não há no horizonte nenhuma perspectiva de estancar a sangria. É uma crise sem precedentes em toda a história do setor, mergulhando o País numa recessão clássica e com perspectivas tênues de recuperação.

A notícia da divulgação do balanço da Petrobrás auditado pela Pricewaterhouse Coopers. O início de uma recuperação. Mas a Petrobrás é um navio gigantesco que está em alto mar. Precisa ligar os motores, deixá-los esquentar, para, aí sim, começar a navegar lentamente até que tenha velocidade de cruzeiro. Negócios em fartura são tempos difíceis de voltar. E as empresas precisam estar preparadas para isso.

Neste momento, toda cadeia de negócios de petróleo e gás está seriamente comprometida. Empresas de engenharia sem projetos e sem negócios. Fornecedores de peças e equipamentos sem conseguirem vendas. Os bancos com créditos suspensos e lutando para receberem o que lhes é devido pelas empresas que estão em dificuldade. Contas bancárias sendo bloqueadas pela justiça para garantir pagamentos de clientes em desespero. O cenário ainda é de um filme de terror.

O sopro de energia na possível retomada dos projetos da maior empresa brasileira, se os números reencarnarem veracidade e credibilidade, pode dar uma segunda vida a centenas de empresas.

Toda esta crise, todo este drama, poderá redesenhar a Engenharia Brasileira. Forçada pela suspensão de pelo menos 23 empresas, a forma de contratação poderá ser diferente a partir de agora. Embora ainda haja uma tendência a manter os contratos das obras em EPC, está sendo considerado um mergulho no passado, com a contratação das obras por lotes ou por administração. Será muito mais trabalhoso para a estatal, mas poderá ser uma forma mais segura neste recomeço, com oportunidades para pequenas e médias – mas eficientes – empresas.

Sabe-se que o novo diretor de engenharia da Petrobrás, Roberto Moro ,reconhecido por sua competência e firmeza, tem preferência por obras em EPC, mas tudo isso ainda está sendo avaliado internamente. Seja qual for a escolha, uma lição precisa ser aprendida: só começar a obra depois de o projeto final estar pelo menos 80% concluído. Caso contrário, se for mantido o mesmo estilo, começando-se o empreendimento com projetos básicos, os resultados serão os mesmos.


Fonte -Fonte: PetroNotícias

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