Um quinto da energia elétrica contratada em 2015 foi da fonte solar fotovoltaica, uma novidade na matriz elétrica brasileira, como mostra o balanço apresentado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) na reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), realizada nesta terça-feira (08/12), em Brasília. Em capacidade instalada, foram contratados em cinco leilões neste ano um total de 137 empreendimentos, de todas as fontes, com capacidade instalada de 5.434 MW e investimento total de R$ 20,2 bilhões.
Esses empreendimentos irão gerar 2.297 MW médios, tendo em vista o montante de garantia física negociado nos leilões. A energia será entregue entre 2016 e 2020. Deste total, as usinas térmicas a gás natural serão responsáveis pela maior oferta de energia, com 889,7 MWmédios (39%); seguida de eólicas, com 530,1 MWm (23%); solar, com 476,8 MWm (21%); biomassa, 166,4 MWm (7%); e hidrelétricas, 234,2 MWm (10%), dos quais a maioria é de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), com 126 MWm. Ou seja, nesse pacote, o sol fornecerá o equivalente à metade da energia que será gerada pelo gás natural e o dobro do que virá da água.
Na reunião do CNPE realizada nesta terça-feira, avaliou-se como segura a capacidade de abastecimento energético do País, tanto elétrico quanto de combustíveis para transporte, e foi mantida a previsão de que o Brasil se tornará exportador de petróleo nos próximos anos, devendo fechar 2015 novamente como autossuficiente. Houve um alerta sobre a necessidade de apressar as obras de linhas de transmissão, especialmente nas concessões de licenciamento sócio-ambiental. Os ministérios deverão intensificar as articulações entre si e com os governos estaduais, com esse objetivo.
Fonte: Ministério de Minas e Energia