ESPECIAL OTC HOUSTON 2016

O tradicional café da manhã da Câmara de Comércio Brasil Texas, BRATECC Offshore 2016, abre o terceiro dia de participação do Sistema FIRJAN em Houston. Com lotação máxima, a expectativa da plateia era de ouvir notícias mais promissoras sobre o Brasil. O presidente do Sistema FIRJAN, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, foi o primeiro a se dirigir ao público. Com a licença de não tratar nenhum aspecto específico da indústria de petróleo, Eduardo Eugenio fez um discurso esclarecendo o cenário político do Brasil, com relação ao processo de impeachment, que está sendo conduzido dentro das leis e da Constituição do país. “Minha visão é de que a conjuntura político-econômica sofrerá uma guinada positiva com a mudança no comando da Nação”, ressaltou.

No café da manhã, também palestraram Jorge Camargo, presidente do IBP, André Araújo, presidente da Shell Brasil e Magda Chambriard, diretora-geral da ANP. Além de abordarem aspectos específicos que afetam a indústria de petróleo e gás, como o Repetro e o PEDEFOR, os discursos foram sobre o potencial de oportunidades do Brasil. BRATECC OFFSHORE 2016 Com a missão de promover conexões entre empresas americanas, do Texas, e empresas brasileiras, a Câmara de Comércio Brasil Texas realiza anualmente o café da manhã com palestras – BRATECC Offshore – no período da OTC Houston, sempre no terceiro dia de feira. A mesa do Sistema FIRJAN estava composta por Raul Sanson, vice-presidente do Sistema FIRJAN, Sérgio Malta, presidente do SINERGIA, Henrique Osório, empresário da SACOR Siderotécnica, Rosalvo Sales, empresário da TECHINS, Antonio Batista, coordenador de petróleo do SEBRAE-RJ, e colaboradores do Sistema FIRJAN: Bruno Gomes, diretor de inovação, Karine Fragoso, gerente de petróleo, gás e naval, Thiago Valejo, coordenador de conteúdo estratégico petró- leo, gás e naval, Mariana Azpiazu, coordenadora de suporte ao investidor.

Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente do Sistema FIRJAN, o primeiro a palestrar no evento, aproveitou a oportunidade para falar sobre o momento que o Brasil está passando politicamente. Em seu discurso, esclareceu que o impeachment da presidente Dilma Rousseff condiz com o processo democrático e previsto na Constituição Brasileira de 1988, que está sendo seguido com rigor, e, portanto, não se configura como um golpe. Durante sua exposição, Eduardo Eugenio enfatizou que a Petrobras perdeu R$ 500 bilhões em valor de mercado desde 2008. Jorge Camargo, presidente do IBP, fez menção a palestra do presidente do Sistema FIRJAN, pedindo para olharmos para o futuro da nossa indústria. A apresentação do IBP se ateve aos aspectos abordados no primeiro dia do evento, durante o almoço-palestra na feira.

A mensagem principal foi no sentido de atração de investidores para o Brasil, fazendo um comparativo entre o Shale Oil dos EUA e o petróleo do Brasil, com um potencial enorme ainda a ser explorado. A produção americana chega a 5 vezes a brasileira. André Araújo, presidente da Shell Brasil, empresa que chegou aos 103 anos de atuação no país, destacou que a empresa está se aproximando da marca de produção de 250 mil barris de óleo equivalente por dia e com capacidade para dobrar esse valor no início da década de 2020. Ele destacou vantagens e desafios do pré-sal brasileiro, entre elas, um alto nível de padronização principalmente no subsea e o tamanho dos reservatórios com mesma identidade geológica, permitindo replicação de equipamentos. Magda Chambriard, diretora geral da ANP, fez a apresentação para mostrar que as oportunidades no Brasil vão muito além do pré-sal. Em sua palestra, ela salientou que o Brasil tem dezenas de bilhões de barris de petróleo em reservas já descobertos para serem desenvolvidos. A previsão de produção de petróleo foi alongada, atingindo o patamar de 4 a 4,5 milhões de barris por dia no final da década de 2020, em função do adiamento de alguns investimentos. A ANP apresentou que está em consulta pública uma próxima rodada de licitação de campos marginais até 29 de maio. Havendo interesse por parte de investidores, será submetido ao CNPE para leilão. Também está prevista uma possível rodada de licitação para unitização dos campos do pré-sal no primeiro semestre de 2017, se o processo seguir normalmente no Governo Federal. Foram destacados o farm-out da Petrobras em Campos onshore no Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia e Espírito Santo.

Fonte: Firjan

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