COMARC – COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E RELAÇÕES COM CONCESSIONÁRIAS

Ata da reunião do dia 26 de janeiro de 2016, às 12h.

B)  PAUTA

b) Fluxo de Procedimentos para ligações prediais de gás – Participação da Engª. Luciana Gomes, Chefe do Serviço de Desenvolvimento de Mercado de Novas Construções da Gás Natural Fenosa.

c) Procedimentos recomendáveis nas tubulações de gás em contrapisos – Exposição pelo Eng. Carlos Eden Sardenberg Mesquita, Presidente da COMARC/SINDUSCON-RIO, pelo Eng. Lydio Bandeira, Consultor Técnico do SINDUSCON-RIO, e pelo Fernando Cancella, Presidente do SINDISTAL.

d) Assuntos Gerais

C) RELATO DA REUNIÃO

a) A reunião, tendo sido invertida a pauta, teve como assunto inicial a exposição pela representante da Gás Natural Fenosa, antiga CEG, Luciana Gomes, sobre o “Fluxo de Procedimentos”, assim como expôs a respeito da nova estrutura funcional da concessionária.

Antes da representante iniciar sua fala, o Presidente da COMARC, Carlos Eden, agradeceu a presença da mesma, assim como de Tatiana Ferreira, técnica da concessionária, e de  Luzia Fonseca, da empresa LMS ASSESSORIA TECNICA EM PROJETOS E ARQUITETURA, que presta consultoria á concessionária de gás.

A exposição por parte da representante da Gás Natural foi bem abrangente, tendo iniciado tratando do novo organograma da empresa, com os responsáveis por cada área, inclusive disponibilizando-nos os contatos de todos os gestores e as respectivas áreas geográficas pelas quais cada um responsável.

Quanto ao “Fluxograma”, este começa na “Solicitação de viabilidade”, depois eventual “Cadastramento de instaladores”, em seguida a “Análise de projeto para aprovação”, e, quando já na fase de obra, trata do “Orçamento do ramal”, vindo depois a operação de “Pagamento do ramal”, secundado pela “Execução da rede e Ramal, e, por fim, três atividades, “Execução de Teste de Ramal”, “Vistoria” e “Colocação em carga”.

Um ponto enfatizado por todos os presentes foi a necessidade de unicidade de exame, ou seja, que preferencialmente seja apenas um técnico a fazer a análise do projeto, evitando-se que, quando do cumprimento de exigências, o projeto seja analisado por técnico distinto, que pode fazer novas solicitações, que não foram feitas anteriormente, trazendo sério gravame de custo e prazo de execução.

Outra questão aventada pelos presentes e devidamente anotada pelas técnicas da Gás Natural Fenosa, foi o fato de que, na fase de “Análise de Projeto para Aprovação” estão, no entender dos presentes equivocadamente, solicitando o Projeto de Arquitetura aprovado e a análise da GEM (Gerencia de Engenharia Mecânica, da Prefeitura).

Outrossim, também foi observado que, quando da análise de empreendimentos destinados a hotelaria, a análise conjunta está trazendo problemas em sua agilidade, posto que, entendem aqueles que fizeram a observação, que sendo uma instalação muito específica, e, em regra geral, dependente ainda, na fase de projeto, de que o operador a ser contratado especifique e explicite suas necessidades, a análise de projetos deveria ser segmentado, ou seja, o Hotel e o Restaurante/Cozinha deveriam ser objeto de análises distintas.

Diante de tais dúvidas o Consultor Técnico do SINDUSCON-RIO, Roberto Lira, consultou a expositora se não seria o caso de se convidar o novo responsável pela análise de projetos, Willian Diniz Maia, para discutir tais assuntos e outros que se entendam pertinentes numa próxima reunião da COMARC. A palestrante ficou de analisar se uma reunião do Grupo de Trabalho, de onde foi originado o presente Fluxo que se apresenta, não seria a maneira mais correta de se esclarecer as questões.

De qualquer maneira ficou acordado que em breve será definida a questão, se o técnico responsável pela análise dos projetos seria chamado à próxima reunião, ou se, então, seria retomado o GT do Fluxo de Procedimentos.

O material apresentado pela técnica Luciana Gomes, inclusive a relação de gestores e a relação de áreas geográficas atendidas pela concessionária, foram gentilmente disponibilizados pela mesma e estão acessíveis aos interessados no site do SINDUSCON-RIO, bastando clicar no ícone “APRESENTAÇÕES E PALESTRAS”, localizado no alto e à esquerda da página eletrônica.

b)(…)

c) Em seguida houve a exposição pelos Engs. Fernando Cancella, Presidente do SINDISTAL, e Lydio Bandeira, Consultor Técnico do SINDUSCON-RIO, sobre os “Procedimentos recomendáveis nas tubulações de gás em contrapisos”.

Os dois técnicos, expuseram que, diante de algumas ocorrências pontuais, ficou evidente a necessidade de se chamar a atenção dos construtores de procedimentos que se deveria tomar quando da execução de tubulação de gás em contrapisos, exigência que só passou a ser feita pela concessionária de gás há cerca de três anos.

Tal mudança foi necessária para adequação dos projetos às determinações da norma ABNT NBR 15526 – Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais e comerciais – Projeto e execução.

De acordo com o item 7.2.1 Condições gerais da norma ABNT NBR 15526, é proibida a instalação de tubulação da rede de distribuição interna em elementos estruturais (lajes, pilares e vigas). Em decorrência desta proibição, as tubulações que anteriormente eram embutidas nas lajes passaram a ser instaladas nos contrapisos.

Ainda de acordo com esta norma (item 7.2.3 Tubulações embutidas), nas instalações embutidas em pisos deve ser feita a proteção adequada para evitar que infiltrações de detergente ou outros materiais corrosivos provoquem danos à tubulação. Neste aspecto, a norma é ainda mais específica no seu item 7.7.2- Proteção contra corrosão, segundo o qual, no caso de tubulações em áreas molhadas da edificação, (entendendo-se aí tanto as áreas molhadas, como as molháveis, segundo nomenclatura da NBR 15.575/2013 – Norma de Desempenho),  a tubulação deve ser revestida adequadamente com um material que garanta a sua integridade, sugerindo para este fim revestimentos asfálticos ou plásticos, pintura epóxi ou mesmo, adotar um sistema de proteção catódica.

No Rio de Janeiro, por décadas, os projetos das redes de distribuição interna das instalações prediais de gás admitiram a presença de tubulações embutidas nas lajes. Esta era uma prática consagrada entre projetistas e construtores.

Não há um histórico de problemas associados a tal prática. O concreto conferia às tubulações de aço-carbono uma elevada proteção contra a corrosão, tal como protege as armaduras das estruturas. No entanto, ao passarem a ser embutidas nos contrapisos, as tubulações, além de perderem esta proteção do concreto, foram colocadas em um ambiente bem mais agressivo. A permeabilidade da argamassa do contrapiso, o pequeno cobrimento das tubulações em função da espessura deste contrapiso e o uso de materiais corrosivos na limpeza dos pisos, são exemplos das condições adversas a que passaram a estar submetidas as tubulações de gás.

Independentemente da obrigatoriedade de atendermos às determinações das normas técnicas brasileiras, devemos estar conscientes de que problemas de corrosão nas tubulações de gás podem trazer riscos à segurança dos usuários das edificações, além de ter o potencial de ocasionar retrabalhos, o que é menos importante, porém não deve ser desprezado.

Portanto, procedimentos técnicos, em sintonia com aqueles recomendados pela Norma ABNT 15.526, devem ser tomados para evitar eventual instauração de um processo de corrosão nas tubulações de gás projetadas e executadas com tubos de aço-carbono.

Em razão de tudo isso, é recomendável, como medida preventiva, que passem a revestir as tubulações de gás em aço-carbono embutidas em pisos com pintura anticorrosiva, ou, então, o uso de tubos multicamadas.

No caso da utilização de tubulação em aço carbono sugerimos que as tubulações sejam pintadas com tintas comprovadamente eficazes na proteção anticorrosiva. Complementarmente à pintura de proteção contra corrosão, recomendamos ainda os seguintes procedimentos técnicos na execução das instalações de gás embutidas em pisos:

– Proteger a tubulação no caso desta estar sujeita ao trânsito de equipamentos. O ideal seria evitá-lo;

– Quando a tubulação for colocada em “canaletas” abertas durante a concretagem da laje, cuidar para que ela não tenha contato com a armadura ou mesmo, fique muito próxima a ela;

– Antes do lançamento da argamassa do contrapiso, verificar se a pintura de proteção contra corrosão precisa de retoques.

d) Os “Assuntos Gerais” foram tratados intercaladamente aos outros itens da pauta.

O Eng. Roberto Lira, Consultor Técnico do SINDUSCON-RIO, deu notícias de consulta de associada à respeito da instalação de hidrante em área privada e que havia tido dificuldade com a concessionária para a realização de tal serviço, no que foi orientada pelo referido consultor a participar da reunião da Comissão de Habitação Social, a ocorrer no próximo dia 29 de janeiro, na sede do SINDUSCON-RIO, que, entre outras presenças, contará com a participação do Eng. Humberto Mello Filho, Diretor de Engenharia da CEDAE. Na ocasião todas as dúvidas deverão ser esclarecidas, mormente as atitudes sempre prestimosas daquela autoridade técnica da concessionária.

Foi abordada, também, a dúvida de construtor associado quanto ao preenchimento de NTR para transferência de resíduo para o CTR de Gericinó, já que um dos campos a serem preenchidos na NTR eletrônica diz respeito à Licença Ambiental e tal documento referido àquela CTR está vencido desde o ano de 2014. Ficou acertado que o Consultor Técnico do SINDUSCON-RIO, Eng. Lydio Bandeira, conhecedor do assunto, vai entrar em contato com o interessado.

Foi lembrado aos presentes a necessidade de que sejam informadas as datas e horários de concretagem no período de 1º de julho a 22 de agosto de 2016, para que comuniquemos à Empresa Olímpica Municipal, tendo em vista as implicações com a realização dos Jogos Olímpicos.

Por fim, foi consultado ao Presidente do SINDISTAL, sobre o andamento da solicitação de credenciamento de novos instaladores junto ao CBMERJ. De tal consulta decorreu o acerto de marcação de audiência com o Major Guastini, o que foi feito logo após a conclusão da reunião, para o dia 2 de fevereiro, às 10hs.

  Reunião encerrada às 14h15min.

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